Sim, Fanática Indecisão na ativa! Depois de alguns entraves, falta de assunto, preguiça em escrever e falta de inspiração, resolvi me mexer (forçosamente) para comentar algumas coisas.
Nesse dia onde se comemora os 20 anos da queda do Muro de Berlim, fato histórico e significativo, cabe algumas reflexões. Lembro que, na minha infância, em aulas de história e geografia social, eu ficava abismado com a ignorância humana em construir um muro para dividir um mesmo povo e toda uma cultura. Com o tempo, fui adquirindo outros conhecimentos e vi o quanto estamos longe do ideal democrático.
Não é negar a importância política, social, histórica e simbólica da queda do muro.
O que vejo é um retrocesso em alguns países. Hoje não há “muros”, mas há fronteiras impostas (caso da grande maioria de países africanos) ou, ainda, divisores mais sutis, como acesso a água, a condições mínimas de sobrevivência ou terrorismo e perseguições fanático-religiosas. Em alguns lugares, há até o cúmulo retrocesso no tempo, caso de Israel e Egito que construíram muros para se separarem da faixa de Gaza. Claro que o conflito árabe-israelense e na faixa de Gaza, não é tão simples e muito menos recente, mas me preocupa o “esquecimento coletivo”, as pessoas parecem perder suas memórias e acabam se deixando levar por promessas ou ações duvidosas.
Em contrapartida, temos de prestar atenção a um conflito que se aproxima de forma inevitável: o controle da água e as mudanças climáticas. Vivemos numa “aldeia global” onde a árvore derrubada aqui gera os tufões na Ásia, não podemos mais fazer vista grossa aos acontecimentos e fingir que nossas ações não contam para a degradação mundial. Está na hora de revermos padrões de comportamento, de consumo e nossas visões de mundo.
Já disse e repito: a terra não precisa de nós, mas nós necessitamos dela!
Eu cresci num lar evangélico e, embora hoje não tenha uma religião e seja contra a grande maioria de manifestações/seitas/cultos/credos, fico receoso com nosso futuro. O famoso Apocalipse bíblico tem tudo para se concretizar e, do jeito que vivemos, exploramos, manipulamos e destruímos, estamos nos apressando para cumprir palavras que considero meros devaneios. Será que estamos fadados a cometer os mesmo erros de nossos antepassados? Será que existe mesmo um destino? Será que as profecias se cumprirão?