sexta-feira, 27 de novembro de 2009

"dez-a-bafo" (3)

Às vezes queremos tanto algo (ou alguém) que "burlamos" certas etapas e estragamos assim todo o processo...

Como já dizia Paulo Coelho "quem só deseja demonstrar que está certo, termina por agir errado".

... Sou mestre em "auto-sabotagens"...

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sobre "muros e grades"

Sim, Fanática Indecisão na ativa! Depois de alguns entraves, falta de assunto, preguiça em escrever e falta de inspiração, resolvi me mexer (forçosamente) para comentar algumas coisas.

Nesse dia onde se comemora os 20 anos da queda do Muro de Berlim, fato histórico e significativo, cabe algumas reflexões. Lembro que, na minha infância, em aulas de história e geografia social, eu ficava abismado com a ignorância humana em construir um muro para dividir um mesmo povo e toda uma cultura. Com o tempo, fui adquirindo outros conhecimentos e vi o quanto estamos longe do ideal democrático.

Não é negar a importância política, social, histórica e simbólica da queda do muro.
O que vejo é um retrocesso em alguns países. Hoje não há “muros”, mas há fronteiras impostas (caso da grande maioria de países africanos) ou, ainda, divisores mais sutis, como acesso a água, a condições mínimas de sobrevivência ou terrorismo e perseguições fanático-religiosas. Em alguns lugares, há até o cúmulo retrocesso no tempo, caso de Israel e Egito que construíram muros para se separarem da faixa de Gaza. Claro que o conflito árabe-israelense e na faixa de Gaza, não é tão simples e muito menos recente, mas me preocupa o “esquecimento coletivo”, as pessoas parecem perder suas memórias e acabam se deixando levar por promessas ou ações duvidosas.
Em contrapartida, temos de prestar atenção a um conflito que se aproxima de forma inevitável: o controle da água e as mudanças climáticas. Vivemos numa “aldeia global” onde a árvore derrubada aqui gera os tufões na Ásia, não podemos mais fazer vista grossa aos acontecimentos e fingir que nossas ações não contam para a degradação mundial. Está na hora de revermos padrões de comportamento, de consumo e nossas visões de mundo. Já disse e repito: a terra não precisa de nós, mas nós necessitamos dela!

Eu cresci num lar evangélico e, embora hoje não tenha uma religião e seja contra a grande maioria de manifestações/seitas/cultos/credos, fico receoso com nosso futuro. O famoso Apocalipse bíblico tem tudo para se concretizar e, do jeito que vivemos, exploramos, manipulamos e destruímos, estamos nos apressando para cumprir palavras que considero meros devaneios. Será que estamos fadados a cometer os mesmo erros de nossos antepassados? Será que existe mesmo um destino? Será que as profecias se cumprirão?

“Quem viver verá...”

“Nas grandes cidades de um país tão irreal, os muros e as grades nos protegem de nosso próprio mal”

Engenheiros do Hawaii


Fontes das imagens:



http://pt.wikipedia.org/wiki/Cavaleiros_do_Apocalipse
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