Sou nostálgico. Não deveria ser, mas sou. Tenho saudades de minha infância, dos brinquedos, das brincadeiras, da falta de responsabilidade (tá, ainda não sou muito responsável... rs), dos colégios que frequentei, dos natais a espera de presentes, dos presentes descobertos e abertos antes do natal (sim, eu procurava os presentes e abria todos antes do natal. Tudo discretamente, claro!). Tenho saudades de ficar brincando na rua até tarde, de fazer e empinar pipas, de brigar por causa das “bolinhas de gude” ou figurinhas “Ping Pong”.
Tenho saudade da época em que descobri que não era mais “tão inocente”, da época em que era o “máximo” beber inconsequentemente (tá, essa fase também não passou ainda), da época que experimentei meu 1º cigarro (e continuo só “experimentando” até hoje), da época que tinha cavanhaque comprido (quase 10 cm) e depois cabelo comprido.
Tenho saudades da época de faculdade, de matar aula pra ficar lendo, de ficar jogando os joguinhos de celular em plena explicação da revisão prá prova, de matar aula prá beber, de aprender coisas novas e interessantes (é, também ia prá estudar).
Porém, nada me deixa com mais saudade do que as pessoas. Sim, as pessoas. A simples idéia de que elas vêm e vão já me deixa “frustrado”, numa sensação de “impotência”. Odeio pensar que o tempo se encarrega de separar as pessoas. Pessoas que hoje são como “unha e carne” amanhã mal se cumprimentarão, pois descobrem que não tem mais nada em comum. Cada pessoa segue seu caminho, acabam casando, tendo filhos, indo morar noutra cidade, indo fazer MBA no exterior, frequentando academia depois do expediente, entram para alguma religião/seita/culto...
O tempo se encarrega de levar para longe as pessoas. Aliás, grande parte do “culpado” dessa história, é o tempo. Ele passa tão rápido e é tão rigoroso com suas regras, que sempre nos faz sentir falta de algo/alguém que foi e não volta. E a simples idéia de que, um dia, também irei, faz-me sentir falta de tudo o que não vi/conheci/experimentei/senti/etc. O tempo é algo inexplicável e “impiedoso”, ele simplesmente passa.
“Por isso tento não pensar no tempo... ele me tira o pouco tempo que tenho”.
Talvez a graça da vida resida justamente nisso: mudanças. Perceber que o "novo” só se instala depois que o “velho” foi jogado fora...
Porém, continuo sendo nostálgico.
Obrigado Jái por essa conversa tão interessante sobre o tempo e por dividir comigo um momento de inspiração... rs
Tenho saudades da época de faculdade, de matar aula pra ficar lendo, de ficar jogando os joguinhos de celular em plena explicação da revisão prá prova, de matar aula prá beber, de aprender coisas novas e interessantes (é, também ia prá estudar).
Porém, nada me deixa com mais saudade do que as pessoas. Sim, as pessoas. A simples idéia de que elas vêm e vão já me deixa “frustrado”, numa sensação de “impotência”. Odeio pensar que o tempo se encarrega de separar as pessoas. Pessoas que hoje são como “unha e carne” amanhã mal se cumprimentarão, pois descobrem que não tem mais nada em comum. Cada pessoa segue seu caminho, acabam casando, tendo filhos, indo morar noutra cidade, indo fazer MBA no exterior, frequentando academia depois do expediente, entram para alguma religião/seita/culto...
O tempo se encarrega de levar para longe as pessoas. Aliás, grande parte do “culpado” dessa história, é o tempo. Ele passa tão rápido e é tão rigoroso com suas regras, que sempre nos faz sentir falta de algo/alguém que foi e não volta. E a simples idéia de que, um dia, também irei, faz-me sentir falta de tudo o que não vi/conheci/experimentei/senti/etc. O tempo é algo inexplicável e “impiedoso”, ele simplesmente passa.
“Por isso tento não pensar no tempo... ele me tira o pouco tempo que tenho”.
Talvez a graça da vida resida justamente nisso: mudanças. Perceber que o "novo” só se instala depois que o “velho” foi jogado fora...
Porém, continuo sendo nostálgico.
Obrigado Jái por essa conversa tão interessante sobre o tempo e por dividir comigo um momento de inspiração... rs
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