quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Sustentabilidade vs Sobrevivência

Batman Begins;
O dia depois de amanhã;
Eu Robô;
O dia em que a Terra parou.

O que esses filmes possuem em comum?

Todos abordam questões ligadas aos seres humanos e suas interações com o planeta. Alguns de forma sutil (como é o caso de Eu, Robô e Batman) outros de forma escancarada (O dia depois de amanhã). Os filmes nos trazem um ou vários alerta(s), levantam questões interessantes e inquietantes... Não somos donos do mundo, somos meros parasitas terráqueos sugando todos os recursos disponíveis no planeta... Somos a única espécie habitante da Terra que possui a capacidade de moldar o ambiente ao redor e em larga escala. No entanto, utilizamos de forma errônea (e catastrófica, diga-se de passagem) todos os recursos disponíveis e nossa “inteligência”. Inteligência essa que nos diz que somos “semi-deuses”, que podemos fazer tudo e não nos preocupar com absolutamente nada.

O caso mais explícito de “inteligência humana” interferindo na mãe Gaia é o Mar de Aral, onde o governo da extinta União Soviética, no uso de seus “poderes” e visando estritamente o lucro, desviou rios e afluentes, transformando o que era um enorme mar, com inúmeras espécies de vidas, num extenso deserto salgado e inóspito. Estima-se que o pouco que resta desse ex-extenso lago salgado, irá desaparecer completamente no ano de 2010. Como esse há outros exemplos espalhados pelo mundo e também no nosso país. Esse é o legado que iremos deixar para o futuro?


Acreditem, a Terra há de cobrar um preço por toda essa exploração. A Austrália já registra sua maior catástrofe natural da história; nossa região, acostumada a enchentes e enxurradas, nunca havia registrado nada parecido com os fatos que ocorreram e novembro passado (lembrem-se que ficamos quase quatro meses “embaixo” de chuvas); a Europa e a América do Norte vem registrando temperaturas baixíssimas neste inverno, que é considerado um dos mais rigorosos da história recente. Há água onde nunca houve água, há seca onde nunca ouve seca. Há tremores de terra no Brasil e há ondas gigantes na Ásia.

Tudo bem, talvez seja tudo parte de um processo muito maior. Nossa história não registra determinados acontecimentos justamente porque eles não ocorreram nesse período documentado. Pode ser que existam determinados ciclos na natureza que se repetem a cada 100.000, 500.000 anos. Porém isso não nos deixa isentos de toda a destruição. A produção mundial só aumenta, o consumo dispara, cada vez mais pessoas tem acesso a “confortos” e tecnologias antes exclusivos de classes minoritárias. Só para citar dois exemplos: nunca se produziu tantos carros e tantos computadores e nunca se consumiu tanto esses produtos. A inovação é constante e o que era novidade ontem, transforma-se em artigo obsoleto hoje e sucata amanhã. Sem citar outros produtos nocivos ao meio ambiente (em última análise, é difícil encontrar um produto que não seja nocivo de alguma forma). O mundo não agüenta essa “superpopulação (super em números mesmo) superconsumindo os superprodutos supernocivos”.

Temos de repensar nosso modo de vida e começar a agir. Não temos tanto tempo quanto imaginamos.
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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Fotografando nuvens

Depois de falar sobre “tempo perdido” com futilidades (ops, novidades), resolvi dar uma dica a mais de passatempo (para aquelas pessoas que não tem paciência de ficarem lendo). Que tal fotografar nuvens? Particularmente fico meio hipnotizado com os contornos e formatos que as elas adquirem na sua incansável viagem pelo (quase) infinito céu azul, é como um balé maluco orquestrado e dirigido pelo vento... Você não precisa ficar horas olhando para o céu, basta ficar atento. Geralmente é no fim das tardes que há a possibilidade de se ver os mais variados formatos (ainda mais no verão, quando existe a possibilidade de pancadas de chuva), porém em manhãs ensolaradas e com bastante vento também é possível se deleitar... descobrirás coisas fantásticas...

Segue algumas das minhas fotos preferidas:





Fim de tarde em Blumenau


Parte do centro de Bnu. e um espetáculo no céu...


vista do meu quarto... bacana, hein!


vista do meu quarto (2)






essas 3 últimas eu tirei antes de uma trovoada... ficaram simplesmente
fantásticas!


Então fica a dica! Se não gostas de observar nuvens, olhe o ambiente ao seu redor... garanto que descobrirás verdadeiros tesouros "escondidos"...



Créditos: a primeira imagem do pôr de sol em Blumenau eu puxei do http://www.sxc.hu/ um banco de imagens fantástico. As demais são de minha autoria em locais estratégicos.

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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O que você está lendo?

Há um ditado que diz: “a leitura muda as pessoas”...

Não vou ficar aqui argumentado que a leitura aprimora e expande seu vocabulário, nem que ela lhe auxilia com problemas de memória (muitos se perdem no emaranhado de palavras constantes numa página e optam por fechar o livro...), muito menos evocar a favor do conteúdo que você pode adquirir, aumentando suas chances de “se dar bem” com aquela paquera (é chato não saber responder a um comentário inteligente, não é?).

Vou simplesmente falar de como se perde tempo...
Já parou prá pensar no tempo que você fica ocioso durante o dia (geralmente durante o almoço, no trajeto para o trabalho/aula/casa, durante uma aula chata/maçante sobre assuntos que lhe são pertinentes, porém que você pouco se importa)?...
Sem esquecermos as horas que se passam na frente da TV para descobrir se fulano realmente vai traçar (perdão pela expressão) a fulana dentro do banheiro e de frente prá câmera “escondida” no espelho, ou então se, finalmente, o mocinho inocente da novela vai se revelar para sua “amada”, expondo seu passado comprometedor (qualquer alusão a fatos recentes é mera coincidência)...
Já parou prá perceber quanto tempo ocioso?!?

Tudo bem, nosso povo gosta de uma “muvuca” e também de “fofocas”. É o “céu” quando você consegue surpreender alguém com aquela velha (porém batida) expressão: “você não sabe da última!”. As pessoas perdem seu tempo em frente à TV, assistindo programas com conteúdos medíocres (e duvidosos) para terem o que comentar no dia seguinte, tire isso delas e não sobra mais nada...
É engraçado notar como elas ficam após uma cena dramática ou um caso chocante: durante as primeiras horas do dia seguinte de trabalho, só falam daquilo. Conforme o dia vai passando, o assunto vai morrendo e as pessoas ficam sem saber o que dizer...
Acabado o expediente/aula, todos correm prá casa prá se “abastecerem” de futilidades (ops! Novidades), prá ter o que contar no dia seguinte... Interessante, você não acha?

Não vou nem citar a questão do senso crítico (avariado) da maioria, que se deixa enganar por propagandas ilusórias, que consomem sem necessidade, que se endividam (porém continuam na “última moda” de roupa, de celular, de carro, de plástica, de parceiro(a), etc), que vêem o jornal na TV e “pensam” que sabem tudo sobre os conflitos/problemas/questões ambientais nos mínimos detalhes...

O que isso tudo tem a ver com leitura? Bem, comece a ler e descubra...

E então, o que você está lendo?!?
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Fluxograma aplicável no dia-a-dia

Lição transmitida numa longínqua aula de economia que tive na facul... Ensina você a se "comportar" diante de uma possível anomalia....


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O Medo Global

Os que trabalham têm medo de perder o trabalho.

Os que não trabalham têm medo de nunca encontrarem trabalho.

Quem não têm medo da fome, têm medo da comida.

Os motoristas têm medo de caminhar e os pedestres têm medo de serem atropelados.

A democracia tem medo de lembrar e a linguagem tem medo de dizer.

Os civis têm medo dos militares, os militares têm medo da falta de armas, as armas têm medo da falta de guerras.

É o tempo do medo.

Medo da mulher da violência do homem e medo do homem da mulher sem medo.

Medo dos ladrões, medo da polícia.

Medo da porta sem fechaduras, do tempo sem relógio, da criança sem televisão, medo da noite sem comprimidos para dormir e medo do dia sem comprimidos para despertar.
Medo da multidão, medo da solidão, medo do que foi e do que pode ser, medo de morrer, medo de viver.

Eduardo Galeano em seu livro De Pernas Pro Ar – A Escola do Mundo ao Avesso

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

"Dez-a-bafo"


As vezes não percebemos as pessoas ao nosso redor... Não percebemos o quanto elas são importantes e nos fazem bem. O engraçado e "irônico" na vida é que precisamos perder algo/alguém para então percebermos a falta q isso nos faz...

Esse texto em forma de desabafo (e tristeza até) explica-se pela perda que tive a pouco tempo. Uma amizade que agora percebo o quanto foi importante. Dizem que o pior cego é aquele que não quer ver... e eu sou cego.
Nunca quis enxergar o quanto essa pessoa era importante, confiável, parceira, amiga... eu sempre arrogante, seguro de minhas "faculdades e conhecimentos", nunca dei o devido valor a essa amizade...

Certa vez essa pessoa me escreveu algo que dizia:
"... hoje percebo o quanto há de você em mim e gosto do que sou hoje..."
O que ela não sabe é que há muito dela em mim, muito do que sei devo a ela. Espero que seu anjo ainda converse com ela e lhe diga para perseverar, não importando o quão forte sejam os ventos contrários.

Há muito tempo atrás, numa outra época com outros momentos, ela me escreveu num bilhete: "se der, dá uma olhadinha na lua"... Continuo olhando essa lua na esperança de que ela também esteja olhando e, talvez, possamos estar novamente "juntos" dividindo uma experiência.

Porém, voltando ao início, isso tudo serve de lição: as pessoas vêm e vão, não conseguimos manter perto pessoas queridas, por mais que desejamos. O acaso/destino/tempo/erros se encarregam de afastá-las de nós. Porém, seje sempre uma pessoa amiga, parceira, confiável e então, na ausência, serás lembrado como alguém especial.

Para essa pessoa em particular, minha "inspiração textual", só me resta desejar o melhor e pedir, sinceramente, desculpas por todos os meus lapsos e erros (não só os recentes)... acredite, Mehiel ainda olha prá você e é no silêncio que ele se manifesta...

"viver não é simplesmente existir" . . .

"é preciso compreender o silêncio"...

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