O ser humano sempre viveu uma busca “alucinada” para dar sentido a sua existência. Primeiro ele vivia “livre”, sem horários rígidos, era orientado pelo sol e pela lua, mas era alienado pela força, ou seja, era obrigado a servir os senhores, embora naquela época muitos vivessem nos campos e se alienavam através do dia-a-dia imutável, com a mesma rotina diária.
Com a revolução industrial, muitos camponeses abandonaram o campo e foram em busca de uma “promessa de vida melhor”, grande desilusão. As fábricas alienam mais do que o campo, criam horários rígidos, metas de produção, condições de trabalho humilhantes. Sem tempo para convívios social o descontentamento é ainda maior.
E hoje temos acesso a tudo, vivemos numa era “digitalizada”, aonde se chega a tudo e todos, em um mundo onde “ninguém é uma ilha”, mas estamos tão alienados como sempre estivemos. A tecnologia e a ciência não “cumpriram com sua palavra” quando prometeram o tão esperado “tempo para nós” conforme se avançasse o conhecimento.
Não é isentar a culpa de um lado e colocá-la no outro, há uma parcela de culpa em cada lado da questão, do alienante (sociedade, fábricas, instituições religiosas, instituições educacionais, mídia e afins) ao alienado. Mas acredito que o indivíduo nunca teve a capacidade de discernir direito o que lhe convém, a busca do “eu” nos leva a lugares que, às vezes, tornam-se angustiantes e sem uma “saída” aparente. Citando Viktor D. Salis “o homem moderno não sabe ociar. Se o deixamos sem ter o que fazer, ele se distrai com algo que o anestesie, ou fica numa angústia enorme”.
Não temos prazer em fazer as coisas porque não encontramos um sentido para elas, o trabalho por si só não aliena, a nossa condição, nosso estado psicológico é que favorece a alienação, mais ou menos como “mente vazia oficina do diabo”. Ouso dizer que, enquanto não alcançarmos um nível “intelectual” mais elevado, estaremos à mercê de todos os fatores que alienam, pois nossa busca eterna pelo “eu”, empurra-nos ao consumismo, à “escravidão” intelectual, ao aprisionamento racional. Impõe-nos que devemos trabalhar mais, nos mexer mais, sacrificar mais nossas famílias, amigos e qualquer tipo de relação pessoal em detrimento de uma busca para a solução do problema que nos envolve. Fazemos perguntas das quais não queremos saber as respostas. Estamos “fragilizados”, e isso é uma oportunidade enorme para ficarmos, cada vez mais, alienados.
Numa interpretação pessoal, a alienação nada mais é do que a falta de sentido para as coisas, ou seja, o individuo faz, mas não sabe por que faz e, no entanto, se angustia por estar nesse estado de “ignorância”.
O oráculo de Delfos já sentenciava: “Conheça-te a ti mesmo” e esse sempre foi o vinculo que falta ao ser humano, jamais seremos capazes de viver enquanto não aprendermos a estar vivos.
“Quem trabalha perde tempo precioso” (Domenico de Masi).
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Com a revolução industrial, muitos camponeses abandonaram o campo e foram em busca de uma “promessa de vida melhor”, grande desilusão. As fábricas alienam mais do que o campo, criam horários rígidos, metas de produção, condições de trabalho humilhantes. Sem tempo para convívios social o descontentamento é ainda maior.
E hoje temos acesso a tudo, vivemos numa era “digitalizada”, aonde se chega a tudo e todos, em um mundo onde “ninguém é uma ilha”, mas estamos tão alienados como sempre estivemos. A tecnologia e a ciência não “cumpriram com sua palavra” quando prometeram o tão esperado “tempo para nós” conforme se avançasse o conhecimento.
Não é isentar a culpa de um lado e colocá-la no outro, há uma parcela de culpa em cada lado da questão, do alienante (sociedade, fábricas, instituições religiosas, instituições educacionais, mídia e afins) ao alienado. Mas acredito que o indivíduo nunca teve a capacidade de discernir direito o que lhe convém, a busca do “eu” nos leva a lugares que, às vezes, tornam-se angustiantes e sem uma “saída” aparente. Citando Viktor D. Salis “o homem moderno não sabe ociar. Se o deixamos sem ter o que fazer, ele se distrai com algo que o anestesie, ou fica numa angústia enorme”.
Não temos prazer em fazer as coisas porque não encontramos um sentido para elas, o trabalho por si só não aliena, a nossa condição, nosso estado psicológico é que favorece a alienação, mais ou menos como “mente vazia oficina do diabo”. Ouso dizer que, enquanto não alcançarmos um nível “intelectual” mais elevado, estaremos à mercê de todos os fatores que alienam, pois nossa busca eterna pelo “eu”, empurra-nos ao consumismo, à “escravidão” intelectual, ao aprisionamento racional. Impõe-nos que devemos trabalhar mais, nos mexer mais, sacrificar mais nossas famílias, amigos e qualquer tipo de relação pessoal em detrimento de uma busca para a solução do problema que nos envolve. Fazemos perguntas das quais não queremos saber as respostas. Estamos “fragilizados”, e isso é uma oportunidade enorme para ficarmos, cada vez mais, alienados.
Numa interpretação pessoal, a alienação nada mais é do que a falta de sentido para as coisas, ou seja, o individuo faz, mas não sabe por que faz e, no entanto, se angustia por estar nesse estado de “ignorância”.
O oráculo de Delfos já sentenciava: “Conheça-te a ti mesmo” e esse sempre foi o vinculo que falta ao ser humano, jamais seremos capazes de viver enquanto não aprendermos a estar vivos.
“Quem trabalha perde tempo precioso” (Domenico de Masi).
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